Cláudia Rodrigues
Quem votou na Dilma, sigla PT em coalizão com Temer e bancada PMDB, votou em um projeto de governo porque a coalizão visa, no nosso sistema (bem ruim) ter um número de votos suficiente para aprovação de pautas do governo votadas pelo CONGRESSO.
O PT não poderia se unir ao PSDB, outro grande partido, por razões óbvias e acabou fazendo a união com o PMDB, que ficou de votar JUNTO com o PT. Entretanto, com Eduardo Cunha- PMDB- como presidente da Câmara, NENHUMA proposta do projeto do governo era votada. Os deputados não compareciam às votações ou votavam contra.
Dilma fez alguns vetos, como aumento de salários do setor judiciário e assinou alguns decretos para favorecer indígenas, quilombolas, mulheres e comunidade LGBT. Mas esse poder da presidenta não é total no nosso sistema, ela precisa de apoio do Congresso.
Outras propostas do projeto de governo do PT, como redemocratização da mídia e reforma política, irritaram a bancada do PMDB e começou um ajuntamento do PMDB com DEM, direita ultra-conservadora, com a bancada evangélica, a ruralista, a da bala e até mesmo com o PSDB, a fim de derrubar a presidenta, que se recusava a fazer negociatas e por isso era chamada de durona e inflexível.
Assim, não sejam burraldos e burraldas, não é uma questão de ser petista ou esquerdista, de apoiar esse nome ou aquele nome, desse partido ou daquele partido, seja do seu gosto ou não. Estamos diante de um golpe midiático/parlamentar/militar com razões vis.
Em três dias de governo, o motivo pelo impeachment da Dilma, as pedaladas, foi extinto, uma lei foi sancionada admitindo as pedaladas.
Apenas dois dias depois do impeachment da presidenta Dilma Rousseff,o governo de Michel Temer interferiu na Comissão da Anistia. Seis membros históricos do grupo foram exonerados sem pedido formal e uma portaria do Diário Oficial da União assinada pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, determinou os desligamentos, enquanto outra nomeou 20 novos conselheiros para a Comissão, alguns deles ex-colaboradores da ditadura civil-militar.
O atual governo ilegítimo, coalizão que tomou o poder usurpando votos de outro programa, apresenta já em seus primeiros dias um programa COMPLETAMENTE DIFERENTE, que tem como objetivo entreguismo ao capital internacional, bem à década de 1970, repressão aos movimentos populares e direitos civis, diminuição de direitos dos trabalhadores, que chamam de flexibilização e manutenção da CORRUPÇÃO, já que mais de 60% dos senadores que votaram a favor do impeachment, incluindo Temer, são citados em operações da Polícia Federal como a Lava-Jato e a Zelotes.
Essas operações, que seguiam a pauta de apurações e apreensões no governo do PT, agora JÁ SUMIRAM do mapa das notícias. Vocês não vão mais ouvir falar delas porque fez parte do acordo pelo impeachment o sumiço. Agora temos apenas a operação abafa.
Estudem mais, entendam mais, participem e parem de compartilhar essas perversões, a menos, é claro, que sejam corruptos e estejam faturando algum nessa história, direta ou indiretamente, porque aí sim dá para entender esse ódio cego. Ele seria em causa própria.
Amigos, parem de me envergonhar, quero acreditar que vocês são honestos e gente do bem.
Odiar o PT não ofende ninguém, cada pessoa é livre para votar no partido que quiser, se abster ou votar nulo, mas achar que o Temer e essa galera toda aí que fez isso precisa de apoio para fazer um país melhor, é doença, é perversão.
Leiam as propostas que estão na pauta agora, assistam as votações, pensem e parem de pagar mico de falta de estudo.
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