segunda-feira, 5 de julho de 2010

Por Cláudia Rodrigues

GH, gnomo gigante que dorme comigo

27/5/2010 - Século Diário

Poluição 1 x 0

sustentabilidade

Geraldo Hasse

Dias atrás esteve em São Paulo o ambientalista americano Thomas Lovejoy, 68 anos, consultor do Banco Mundial sobre sustentabilidade e criador do termo “biodiversidade”, que se popularizou a tal ponto que 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Biólogo, ele conheceu profundamente a Amazônia. No final da década de 1960 morou em Belém do Pará, onde nasceram duas filhas suas.

Agora, numa palestra para poucos convidados, Lovejoy adiantou o conteúdo do Terceiro Panorama da Biodiversidade Global (Global Biodiversity Outlook - GB3), relatório a ser lançado oficialmente em outubro pela Convenção sobre a Biodiversidade Biológica (CBD) da ONU. O documento baseia-se em cerca de 500 trabalhos científicos e em relatórios nacionais e cruza dados de outros relatórios, como o Living Planet Index e o Red List Index. Lovejoy está por dentro porque é o revisor do documento.

O Terceiro Panorama diz que a meta mundial de redução da perda da biodiversidade para 2010 não foi alcançada. As populações de espécies de vertebrados reduziram-se em quase um terço, em média, entre 1970 e 2006, e continuam caindo globalmente, de forma mais severa nos trópicos e entre espécies de água doce.

Segundo o Panorama, de 1970 a 2006 as áreas de proteção terrestres no mundo aumentaram de 4 milhões para 14 milhões de quilômetros quadrados. Houve também um aumento nas áreas marinhas protegidas mas nem assim se pode comemorar um avanço global.

Das 11 metas acordadas por governos de todo mundo em 2002 nenhuma foi alcançada globalmente. Houve “algum progresso” na situação das espécies ameaçadas e “progresso significativo” na redução da poluição e de seus impactos sobre a biodiversidade.

O aumento do consumo não sustentável continua a ser uma grande causa da perda da biodiversidade. Além disso, muitos recursos biológicos que sustentam meios de subsistência, como peixes, mamíferos, aves, anfíbios e plantas medicinais, estão em declínio, afetando as populações mais pobres.

O Terceiro Panorama da Biodiversidade Global considera que as cinco principais pressões que estão causando diretamente a perda da biodiversidade são:

1) as alterações nos ecossistemas e habitats terrestres e aquáticos

2) a superexploração dos recursos naturais

3) a poluição

4) a proliferação de espécies exóticas invasivas e

5) as mudanças climáticas provocadas pelo efeito-estufa e o aumento da temperatura terrestre ao longo século XXI.

A Amazônia continua sendo o foco das preocupações em terra, mas os cientistas começam a se preocupar com as alterações nos oceanos, cujo aumento da acidez é captado pelos organismos marinhos. Segundo Lovejoy, os ecossistemas aquáticos não sobreviverão se a temperatura média global subir mais de 2º C e as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera alcançarem as 450 partes por milhão (ppm). Atualmente, a concentração de dióxido de carbono beira os 390 ppm.

FALANDO CLARO

Se a vida na Terra fosse um jogo de sinuca, estaríamos pela bola 7.

3 comentários:

  1. Ótima a foto do gnomo. Ótimo o texto do gnomo. Parabéns!!!!!

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  2. é, esse Gnomo é o cara. bjs gratos e saudadosos, sempre esperando que vc e Vera apareçam por aqui.C

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  3. como me diz alguem outro dia: ter filho hoje é um ato ecologico!!! Quais pessoas estamos preparando para nosso planeta??? bjs. Anne

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